Saturday, September 12, 2009

Existo, logo vivo.

vou postar um texto da minha amada aki no blog, alias, vou comecar postar mais textos dela tambem......q Deus abencoe e fale ao coracao d voces........by Rodo loko......[=

“Falei de coisas que não entendia, de maravilhas que me ultrapassam.”
-Jó 42:3


Certo dia quando criança me peguei pensando como as estrelas não caíam do céu, ou como o algodão doce criava sua forma naquela roda invisível, ou como a joaninha tinha tão perfeitamente suas bolinhas vermelhas enfeitando sua roupa. Muitas perguntas, sede de repostas. Com o tempo a maioria destas questões se tornam claras, e outras surgem ao longo da vida de maneira natural e cada vez mais complexa. Porque tetos desabam nas cabeças, porque quem pode mais não se importa mais, porque isso aconteceu comigo, porque, porque e mais porquês. Hoje faço um movimento contrário, com a ajuda das palavras. Não quero mais saber o porquê das coisas, quero saber o para que, quero saber o que e como fazer. Voto pela simplicidade do viver. Sem racionalizações excessivas, sem exageros de informações, sem sabedorias próprias, sem dietas compradas, sem idéias maquiadas. Quero assim como criança desmamada aquietar minha alma e que o meu coração esteja calmo dentro de mim. Colocar minha esperança Naquele que possui toda nascente de amor e amizade. Ignorar os barulhos externos e internos, os ruídos do dia e aproveitar o céu azul em alguns minutos sem relógio. Não vendar os olhos, mas enxergar uma coisa de cada vez. Não emburrecer os pensamentos, mas examiná-los de acordo com a infinidade de bordados do próprio Pensador. Desistir de sentir aquilo que é proposto nas bancas de jornal, mas não parar de sentir os próprios anseios misturados a freqüentes análises com o Conselheiro. Não parar de agir, movimentar, revolucionar, mas assim fazer de modo que a Bandeira sobre o combate seja a do Amor. Ser adulto no ser, mas criança no estar. Não ter medo, nem do passado que desenhou meu presente, nem do presente que desenhará o futuro e muito menos medo do futuro que virá e trará suas próprias desventuras e aventuras. Não atentar para aquilo que se vê, mas para quilo que o coração possui, mesmo sendo invisível, e assim possuir algo que é eterno. Burlar a matemática dos homens, e passear no balão da imaginação. Renovar à mente, as convicções, as emoções, as memórias. Voltar ao primeiro amor, às canções antigas, aos bilhetes de dias melhores. Impossível? Talvez, mas assim prefiro pra hoje. Porque a vida desse jeito que me é vendida nos outdoors não me agrada mais. Tanta psicologia, filosofia e melancolia não me chamam mais atenção. Tanta beleza, perfeição, e superficialidade não me atraem mais. Tanto poder, sucesso e mercadoria não me completa mais. Tanto sexo, liberdade e amores líquidos não me dão mais prazer. Quero agora adentrar na maré daqueles que significam mais que simples moeda de compra e venda. Ouvir aquele que necessita de falar, de berrar suas próprias misérias, acolher aquele que se parece ou não comigo, mas que no fundo quer existir e não somente viver. Quero me livrar de toda teoria de auto-ajuda que somente busca seus próprios interesses, quero o cristianismo religado com a espiritualidade, e não somente primos distantes. Quero ter coragem para abraçar as frustrações, tristezas e decepções que a vida marca nas mãos. Quero não olhar com meus próprios olhos os planos, sonhos e caminhos dos Davis, Josés, Moises, Paulos, Martas, Déboras, e Raabes que baterem na minha porta. Quero honrar Aquele que me deu a vida, a verdade, o caminho. Quero não ter medo de nadar, voar ou me calar, mas ter a certeza que de tudo que sou Ele faz infinitamente mais do que imagino ou peço. Ter abraços, renúncias e vida pra dar. Compartilhar sorrisos com aqueles que já não sorriem mais, amizade com aqueles que não possuem mais amigos, identidade para aqueles que não sabem mais quem são, caminhos para aqueles que já não sabem que rumo ir. Muita pretensão? Talvez, mas sei que ninguém pode dar aquilo que não tem, então na verdade somente quero oferecer minha pequena vida em construção, e peço que a sabedoria seja aquela que vem do alto, inspirada no próprio Autor da vida. Para que eu não fale de mais nem de menos, não faça demais nem de menos, não se orgulhe demais nem de menos, mas que sempre haja recordação que muito mais altos são os Teus pensamentos do que os meus. Minha vida se resume em existir para publicar esta verdade, maior do que tudo que o homem pode ser ou ter está à maravilhosa recompensa de ser amado, acima de qualquer circunstancia, aparência, ou escolha. “Diante disso o que nós podemos dizer? Então quem nos separará do amor de Cristo? Serão os sofrimentos, as dificuldades, a fome, a pobreza, o perigo ou a morte? As depressões, as ansiedades, a violência, a ciência, as culturas, as religiões? Pois eu tenho a certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida, nem os poderes sobrenaturais, nem o presente, nem o futuro, nem o mundo que bate a porta, nem meus vícios, nem minhas metamorfoses, nem minhas mancadas, nem eu próprio, nem a imagem do meu pai natural, nem aquilo que penso que acho que sei, nem pessoa alguma. Em todo o Universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus.” Atestando isso acabam minhas palavras, não peço que sejam agradáveis ou aceitáveis, mas só musica aos ouvidos dos que querem ouvir. Resta-me somente o desejo profundo de não viver, sobreviver ou persistir por si só neste mundo, mas de existir de maneira que no final valha e pena escrever no meu túmulo: “Em núpcias com a cruz que só a fé entende. Como um louco a outro louco.” Frei Betto.

Priscila Souza
Uberlândia, 06 de setembro de 2009 – 09: 42 AM

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